Resenha – We Awaken
Ano passado (2016), a autora Calysta Lynn publicou We Awaken pela Harmony Ink Press e foi muito simpática em oferecer o livro para que eu lesse e fizesse uma resenha. Demorei devido a situações pessoais, mas aqui está!
Sinopse*:
Victoria Dinham não tem expectativa no futuro. Desde que seu pai morreu num acidente de carro, ela vive apenas para realizar o sonho de ser aceita no Conservatório de Dança de Manhattan. Logo, porém, ela encontra outra razão para sonhar quando conhece uma garota extraordinária chamada Ashlinn, que entrega a Victoria uma mensagem de seu irmão comatoso. Ashlinn tem o dever de conjurar sonhos bons para os humanos e, durante seus encontros noturnos na mente de Victoria, as duas se aproximam. Ashlinn também ajuda Victoria a entender assexualidade e perceber que ela, também, é assexual.
Mas então Victoria precisa da ajuda de Ashlinn fora do reino dos sonhos, e Ashlinn assume forma humana para ajudar Victoria a chegar a tempo para seu teste de dança. Elas aproveitam a oportunidade para explorar a cidade de Nova Iorque, seus sentimentos uma pela outra e a natureza da assexualidade que compartilham. Mas como qualquer sonho, é muito bom para durar. Ashlinn precisa se livrar de sua forma humana e retomar seus deveres criando sonhos prazerosos – ou toda humanidade pode pagar o preço.
*Tradução em português feita por mim
(Nota da Resenhista: Esse livro fala sobre assexualidade e o fato de que eu me identifico como demissexual e demirromântica é relevante)
A narrativa de Lynn é vívida e viciante. É possível acompanhar os sentimentos de Victoria com bastante clareza durante toda a história em sua jornada por autoconhecimento e descoberta. As personagens são muito bem construídas e eu me apeguei particularmente a Ashlinn, que é uma construção do trope de Peixe Fora D’água que foge aos clichés – em nenhum momento ela tratada como ingênua ou infantil, mesmo quando a narrativa deixa brilhar os momentos de encanto que ela sente por experimentar coisas que só tinha visto em sonhos.
A assexualidade também é tratada de forma respeitosa. A única personagem que duvida da sexualidade é Ellie, amiga de Victoria, e a narrativa faz questão de mostrar como ela está equivocada em suas opiniões e eventualmente ela se mostra disposta a aprender e mudar seu pensamento.
O foco é completamente no relacionamento entre Victoria e Ashlinn e nos obstáculos que elas enfrentam para poderem ficar juntas. Elas tem uma relação tão bonita e saudável que reconfortante ler como navegam as dificuldades do mundo real e dos poderes de Ashlinn.
Esse é um livro que vale a pena para qualquer um que gosta de um romance leve, para sair com um sorriso no rosto e um coração feliz.
Infelizmente, ele só está disponível em inglês no momento.
Onde comprar:
Disponível na Amazon.